41

Filhas e filhos meus, da missão que Deus nos confiou e do carácter plenamente secular da nossa vocação resulta que nenhum acontecimento, nenhuma tarefa humana nos pode ser indiferente. Por esse motivo, insisto em dizer-vos que é necessário que estejais presentes em atividades sociais que brotam da própria convivência humana ou que têm sobre ela uma influência direta ou indireta: deveis dar alento e vida às ordens profissionais, às organizações de pais e de famílias numerosas, aos sindicatos, à imprensa, às associações e concursos artísticos, literários, competições desportivas, etc.

Cada um de vós participará nessas atividades públicas, de acordo com o seu próprio estatuto social e do modo mais adequado às suas circunstâncias pessoais e, evidentemente, com toda a liberdade, seja quando atua individualmente, seja em colaboração com os grupos de cidadãos com os quais tenha considerado oportuno cooperar.

Compreendeis muito bem que esta participação na vida pública de que falo não é atividade política, no sentido estrito da palavra: muito poucos dos meus filhos trabalham – por assim dizer – profissionalmente na vida política. Falo-vos da participação que é própria de cada cidadão que seja consciente das suas obrigações cívicas. Vós deveis sentir-vos impelidos a atuar – com liberdade e responsabilidade pessoais –, pelas mesmas razões nobres que movem os vossos concidadãos. Mas, além disso, sentis-vos particularmente impelidos pelo vosso zelo apostólico e pelo desejo de realizar uma obra de paz e compreensão em todas as atividades humanas.

Este ponto noutra língua