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Há 2 pontos em «Amigos de Deus» cujo tema é Vontade de Deus.

Rezai comigo ao Senhor: doce me facere voluntatem tuam, quia Deus meus es tu, ensina-me a cumprir a tua Vontade, porque Tu és o meu Deus. Por outras palavras: que brote dos nossos lábios o afã sincero por corresponder, com um desejo eficaz, aos convites do nosso Criador, procurando seguir os seus desígnios com uma fé inquebrantável, com a convicção de que Ele não pode falhar.

Amando deste modo a Vontade divina, percebemos como o valor da fé não consiste apenas na clareza com que se expõe, mas também na resolução de a defender com obras. Assim, agiremos de acordo com ela.

Mas voltemos à cena que se desenrola à saída de Jericó. Agora é contigo que Cristo fala. Diz-te: que queres de Mim? Que eu veja, Senhor, que eu veja! E Jesus: Vai, a tua fé te salvou. Nesse mesmo instante, começou a ver e seguia-o pelo caminho. Segui-lo pelo caminho. Tu tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanhá-lo pelo caminho. Tu procuras seguir os seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: portanto, a tua fé - fé nessa luz que o Senhor te vai dando - deverá ser operativa e sacrificada. Não te iludas, não penses em descobrir novas formas. É assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo.

Como fazer oração

Como fazer oração? Atrevo-me a assegurar, sem temor de me enganar, que há muitas, infinitas maneiras de orar. Mas eu preferia para todos nós a autêntica oração dos filhos de Deus, não o palavreado dos hipócritas que hão-de ouvir de Jesus: nem todo o que me diz, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus.

Os que são movidos pela hipocrisia podem talvez conseguir o ruído da oração - escrevia Santo Agostinho - mas não a sua voz, porque aí falta vida e há ausência de afã por cumprir a Vontade do Pai. Que o nosso clamor - Senhor! - vá unido ao desejo eficaz de converter em realidade essas moções interiores, que o Espírito Santo desperta na nossa alma.

Temos de nos esforçar para que da nossa parte não fique nem sombra de hipocrisia. O primeiro requisito para desterrar esse mal que o Senhor condena duramente, é procurar comportar-se com a disposição clara, habitual e actual de aversão ao pecado. Com fortaleza, com sinceridade, temos de sentir - no coração e na cabeça - horror ao pecado grave. E também há-de ser nossa a atitude, profundamente arreigada, de abominar o pecado venial deliberado, essas claudicações que não nos privam da graça divina, mas que debilitam as vias através das quais ela nos chega.

Referências da Sagrada Escritura
Referências da Sagrada Escritura