Lista de pontos
"É tempo de esperança, e eu vivo desse tesouro. Não é uma frase, Padre; é uma realidade", dizes-me.
Então… o mundo inteiro, todos os valores humanos que te atraem com uma força enorme (amizade, arte, ciência, filosofia, teologia, desporto, natureza, cultura, almas…), tudo isso, deposita-o na esperança - na esperança de Cristo.
Um erro fundamental de que deves defender-te: pensar que os nobres e legítimos costumes e exigências do teu tempo, ou do teu ambiente, não podem ser ordenados e ajustados à santidade da doutrina moral de Cristo.
Repara que precisei: nobres e legítimos. Os outros carecem de direito de cidadania.
Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais, políticas, culturais…, abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural: formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja.
Tu, por seres cristão - investigador, literato, cientista, político, trabalhador… -, tens o dever de santificar essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro - escreve o Apóstolo - está a gemer como que em dores de parto, esperando a libertação dos filhos de Deus.
Diante de Deus nenhuma ocupação é em si mesma grande ou pequena. Tudo adquire o valor do Amor com que se realiza.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-pt/book-subject/surco/31346/ (09/05/2024)