Lista de pontos
Esforça-te por corresponder, em cada instante, ao que Deus te pede: tem vontade de o amar com obras. Com obras pequenas, mas sem deixar nem uma.
Inculcai nas almas o heroísmo de fazer com perfeição as pequenas coisas de cada dia: como se de cada uma dessas acções dependesse a salvação do mundo.
Todas estas consolações do Amo não serão para que eu esteja pendente dele, servindo-o nas coisas pequenas, para poder assim servi-lo nas grandes?
Propósito: dar gosto ao bom Jesus nos pormenores minúsculos da vida quotidiana
Tens a certeza de que foi Deus quem te fez ver, claramente, que deves voltar às infantilidades mais pueris da tua antiga vida interior; e perseverar, durante meses e até anos, nessas insignificâncias heróicas (a sensibilidade, tantas vezes adormecida para o bem, não conta), talvez com a tua vontade fria, mas decidida a cumpri-las por Amor.
Repara na tua conduta com vagar. Verás que estás cheio de erros, que te prejudicam a ti e talvez também aos que te rodeiam.
- Lembra-te, filho, que não são menos importantes os micróbios do que as feras. E tu cultivas esses erros, esses enganos - como se cultivam os micróbios no laboratório -, com a tua falta de humildade, com a tua falta de oração, com a tua falta de cumprimento do dever, com a tua falta de conhecimento próprio… E, depois, esses focos infectam o ambiente.
Precisas de um bom exame diário de consciência, que te conduza a propósitos concretos de melhora, por sentires verdadeira dor das tuas faltas, das tuas omissões e pecados.
Não é espírito de penitência fazer uns dias grandes mortificações e abandoná-las noutros.
Espírito de penitência significa saber vencer-se todos os dias, oferecendo coisas - grandes e pequenas - por amor e sem espectáculo.
Tens ânsias, loucura divina de que as almas conheçam o Amor de Deus? Pois, na tua vida corrente, oferece mortificações, reza, cumpre o dever, vence-te em tanto pormenor pequeno.
"In modico fidelis!". Fiel no pouco… - O teu trabalho, meu filho, não é só salvar almas, mas santificá-las, dia a dia, dando a cada um dos instantes, mesmo aos aparentemente vulgares, vibração de eternidade.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-pt/book-subject/forja/31023/ (09/05/2024)