Lista de pontos

Há 2 pontos em «Amigos de Deus» cujo tema é Amor de Deus → a Mãe de Deus.

Vamos pedir agora ao Senhor, para terminar este tempo de conversa com Ele, que nos conceda poder repetir com S. Paulo que triunfamos por virtude daquele que nos amou. Pelo qual estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as virtudes, nem o presente, nem o futuro, nem a força, nem o que há de mais alto, nem de mais profundo, nem qualquer outra criatura poderá jamais separar-nos do amor de Deus que está em Jesus Cristo Nosso Senhor .

Este amor também a Escritura o canta com palavras inflamadas: as águas copiosas não puderam extinguir a caridade, nem os rios afogá-la. Este amor encheu sempre o Coração de Santa Maria, ao ponto de enriquecê-la com entranhas de Mãe para toda a humanidade. Em Nossa Senhora o amor a Deus confunde-se com a solicitude por todos os seus filhos. O seu Coração dulcíssimo teve de sofrer muito, atento aos mínimos pormenores - não têm vinho - ao presenciar aquela crueldade colectiva, aquele encarniçamento dos verdugos, que foi a Paixão e Morte de Jesus. Mas Maria não fala. Como o seu Filho, ama, cala e perdoa. Essa é a força do amor.

Mãe do amor formoso

Ego quasi vitis fructificavi…; como a videira deitei formosos ramos e as minhas flores deram saborosos e ricos frutos. Assim lemos na Epístola. Que esse aroma de suavidade que é a devoção à nossa Mãe abunde na nossa alma e na alma de todos os cristãos e nos leve à confiança mais completa em quem vela sempre por nós.

Eu sou a Mãe do amor formoso, do temor, da ciência e da santa esperança, lições que hoje nos recorda Santa Maria. Lição de amor formoso, de vida limpa, de um coração sensível e apaixonado, para que aprendamos a ser fiéis ao serviço da Igreja. Este não é um amor qualquer; é o Amor. Aqui não há traições, nem cálculos, nem esquecimentos. Um amor formoso, porque tem como princípio e como fim o Deus três vezes Santo, que é toda a Beleza e toda a Bondade e toda a Grandeza.

Mas também se fala de temor. Não concebo outro temor senão o de nos afastarmos do Amor. Porque Deus Nosso Senhor não nos quer abatidos, timoratos ou com uma entrega anódina. Precisa de que sejamos audazes, valentes, delicados. O temor, que o texto sagrado nos recorda, traz-nos à lembrança aquela outra queixa da Escritura: procurei o amado da minha alma; procurei-o e não o encontrei.

Isto pode acontecer, se o homem não compreendeu, até ao fundo, o que significa amar a Deus. Sucede então que o coração se deixa arrastar por coisas que não conduzem ao Senhor. E, por consequência, perdemo-lo de vista. Outras vezes será talvez o Senhor quem se esconde; ele sabe porquê. Anima-nos assim a procurá-lo com maior ardor e, quando o descobrimos, exclamamos cheios de júbilo; encontrei-o e já não o deixarei.