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Vamos acabar a nossa meditação de Quinta-Feira Santa. Se o Senhor nos ajudou - e está sempre disposto, desde que lhe abramos o coração - teremos pressa de corresponder àquilo que é mais importante: amar. E saberemos difundir a caridade entre os outros homens, com uma vida de serviço. Dei-vos o exemplo, insiste Jesus, falando aos seus discípulos na noite da Ceia, depois de lhes ter lavado os pés. Afastemos do coração o orgulho, a ambição, os desejos de domínio e, à nossa volta e dentro de nós, reinarão a paz e a alegria, enraizadas no sacrifício pessoal.

Finalmente, um pensamento filial e amoroso para Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. Peço desculpa de contar de novo uma recordação da minha infância, desta vez relativa a uma imagem que se difundiu muito na minha terra, quando S. Pio X impulsionou a prática da comunhão frequente. Representava Maria a adorar a Hóstia Santa. Hoje, como então e como sempre, Nossa Senhora ensina-nos a falar e a conviver intimamente com Jesus, a reconhecê-Lo e a encontrá-Lo nas diversas circunstâncias do dia e, de um modo especial, nesse instante supremo - o tempo une-se com a eternidade - do Santo Sacrifício da Missa, em que Jesus, com gesto de sacerdote eterno, atrai a si todas as coisas, para as colocar, divino afflante Spiritu, por intermédio do sopro do Espírito Santo, na presença de Deus Pai.

Referências da Sagrada Escritura
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