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Mas voltemos à sequência da parábola. E as fátuas, que fazem? A partir de então, já põem empenho em esperar o Esposo, pois vão comprar azeite. Mas decidiram-se tarde e, enquanto foram, chegou o esposo; e as que estavam preparadas entraram com ele a celebrar as bodas, e fechou-se a porta. Mais tarde vieram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos! Não é que tenham permanecido inactivas, pois tentaram fazer alguma coisa… Mas ouviram a voz que lhes responde com dureza: não vos conheço. Não souberam ou não quiseram preparar-se com a solicitude devida e esqueceram-se de tomar a razoável precaução de adquirir o azeite a tempo. Faltou-lhes generosidade para cumprirem acabadamente o pouco que lhes tinha sido pedido. Dispunham na verdade de muitas horas, mas desaproveitaram-nas.

Pensemos na nossa vida com valentia. Por que é que às vezes não conseguimos os minutos de que precisamos para terminar amorosamente o trabalho que nos diz respeito e que é o meio da nossa santificação? Por que descuidamos as obrigações familiares? Por que é que se nos mete a precipitação no momento de rezar ou de assistir ao Santo Sacrifício da Missa? Por que nos faltará a serenidade e a calma para cumprir os deveres do nosso estado e nos entretemos sem qualquer pressa nos caprichos pessoais? Podeis responder-me: são coisas pequenas. Sim, com efeito, mas essas coisas pequenas são o azeite, o nosso azeite, que mantém viva a chama e acesa a luz.

Referências da Sagrada Escritura
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