Lista de pontos

Não discutais. - Da discussão não costuma sair a luz, porque é apagada pela paixão.

Egoísta! - Tu, sempre tu, sempre o que é "teu". - Pareces incapaz de sentir a fraternidade de Cristo: nos outros, não vês irmãos; vês "degraus".

Pressinto o teu rotundo fracasso. - E, quando te tiveres afundado, quererás que tenham para contigo a caridade que agora não queres ter.

Pouco firme é o teu carácter: que ânsia de te meteres em tudo! - Obstinas-te em ser o sal de todos os pratos… e - não te aborreças se te falo claro - tens pouca graça para ser sal; não és capaz de te desfazeres e passares inadvertido à vista, como esse condimento.

Falta-te espírito de sacrifício. E sobeja-te espírito de curiosidade e de exibição.

Que formosa é a santa pureza! Mas não é santa, nem agradável a Deus, se a separarmos da caridade.

A caridade é a semente que crescerá e dará frutos saborosíssimos com a rega que é a pureza.

Sem caridade, a pureza é infecunda, e as suas águas estéreis convertem as almas num lodaçal, num charco imundo, donde saem baforadas de soberba.

Não te vences, não és mortificado, porque és soberbo. - Dizes que tens uma vida penitente? Não te esqueças de que a soberba é compatível com a penitência… - Mais razões: o teu desgosto depois da queda, depois das tuas faltas de generosidade, é dor ou despeito de te veres tão pequeno e sem forças? - Que longe estás de Jesus, se não és humilde…, ainda que as tuas disciplinas façam florescer, cada dia, rosas novas!

Tristeza, abatimento. Não me admira; é a nuvem de pó que a tua queda levantou. Mas basta! Acaso o vento da graça não levou para longe essa nuvem?

Além disso, a tua tristeza - se não a afastares - bem pode ser o invólucro da tua soberba. - Julgavas-te perfeito e impecável?

Com esse ar de suficiência, tornas-te aborrecido e antipático, és ridículo, e, o que é pior, tiras eficácia ao teu trabalho de apóstolo.

Não te esqueças de que até os "medíocres" podem pecar por demasiado sábios.

Se a obediência não te dá paz, é que és soberbo.

Ralham-te? - Não te zangues, como te aconselha a soberba. - Pensa: que caridade têm para comigo! Quanto não terão calado!