Lista de pontos

Há 3 pontos em «Amigos de Deus» cujo tema é Santidade → e oração.

Sempre que sentimos no nosso coração desejos de melhorar, de responder mais generosamente ao Senhor, e procuramos um guia, um norte claro para a nossa existência cristã, o Espírito Santo traz à nossa memória as palavras do Evangelho: importa orar sempre e não cessar de o fazer.

A oração é o fundamento de todo o trabalho sobrenatural; com a oração somos omnipotentes; se prescindíssemos deste recurso, nada conseguiríamos.

Eu gostaria que hoje, na nossa meditação, nos persuadíssemos definitivamente da necessidade de nos dispormos a ser almas contemplativas no meio do mundo e do trabalho, com uma conversa contínua com o nosso Deus, a qual não deve esmorecer ao longo do dia. Se pretendemos seguir lealmente os passos do Mestre, este é o único caminho.

Falar com Deus

Invocar-me-eis e Eu vos ouvirei. Einvocamo-lo conversando, dirigindo-nos a Ele. Por isso temos de pôr em prática a exortação do Apóstolo: sine intermissione orate; rezai sempre, aconteça o que acontecer. Não apenas de coração, mas com todo o coração .

Talvez pensemos que a vida nem sempre é suportável, que não faltam dissabores, nem mágoas, nem tristezas. Responderei também com S. Paulo que nem a morte nem a vida, nem anjos, nem principados, nem virtudes; nem o presente, nem ofuturo, nem a força, nem o que há de mais alto, nem de mais profundo, nem nenhuma outra criatura poderá jamais separar-nos do amor de Deus, que se fundamenta em Jesus Cristo, Nosso Senhor. Nada nos pode afastar da caridade de Deus, do Amor, da relação constante com o nosso Pai.

Mas recomendar esta união contínua com Deus não será apresentar um ideal tão sublime, que se torna impraticável à maioria dos cristãos? Na verdade a meta é alta, mas não impraticável. O caminho que conduz à santidade é o caminho da oração; e a oração deve enraizar-se a pouco e pouco na alma, como a pequena semente que se tornará mais tarde árvore frondosa.

Começamos com orações vocais, que muitos de nós repetimos desde crianças: são frases ardentes e simples, dirigidas a Deus e à Sua Mãe, que é nossa Mãe. De manhã e à tarde, não um dia, mas habitualmente, ainda renovo aquele oferecimento que os meus pais me ensinaram: ÓSenhora minha, ó minha mãe, eu me ofereço todo a Vós. E, em prova da minha devoção para convosco, Vos consagro nestedia osmeus olhos, osmeus ouvidos, a minha boca, o meu coração… Não será isto, de algum modo, um princípio de contemplação, uma demonstração evidente de confiante abandono? Que dizem aqueles que se querem, quando se encontram? Como se comportam? Sacrificam tudo o que são e tudo o que possuem pela pessoa que amam.

Primeiro uma jaculatória, e depois outra e outra… Até que parece insuficiente esse fervor, porque as palavras se tornam pobres…: e abrem-se as portas à intimidade divina, com os olhos postos em Deus sem descanso e sem cansaço. Vivemos então como cativos, como prisioneiros. Enquanto realizamos com a maior perfeição possível, dentro dos nossos erros e limitações, as tarefas próprias da nossa condição e do nosso ofício, a alma anseia escapar-se. Vai até Deus como o ferro atraído pela força do íman. Começa-se a amar Jesus de forma mais eficaz, com um doce sobressalto.

Referências da Sagrada Escritura
Referências da Sagrada Escritura
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