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Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar…, um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus…

Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia - que o julgou erradamente uma cria da sua raça - e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente… E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!…

- Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol - Cristo - na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração!

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