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A fé, o amor e a esperança de José
A justiça não consiste na mera submissão a uma regra; a rectidão deve nascer de dentro, deve ser profunda, vital, porque o justo vive da fé. Viver da fé: estas palavras que foram, mais tarde, tema frequente de meditação para o apóstolo S. Paulo, vêem-se realizadas superabundantemente em S. José. O seu cumprimento da vontade de Deus não é rotineiro nem formalista, mas espontâneo e profundo. A lei que todoo judeu praticante vivia não foi para ele um simples código nem uma fria recompilação de preceitos, mas expressão da vontade de Deus vivo. Por isso, soube reconhecer a voz do Senhor quando esta se lhe manifestou inesperada e surpreendente.
A história do Santo Patriarca foi uma vida simples, mas não uma vida fácil. Depois de momentos angustiosos, sabe que o Filho de Maria foi concebido por obra do Espírito Santo. E esse Menino, Filho de Deus, descendente de David segundo a carne, nasce numa gruta. Os anjos celebram o seu nascimento e personalidades de terras longínquas vêm adorá-Lo, mas o rei da Judeia deseja a sua morte e é necessário fugir. O Filho de Deus é um menino aparentemente indefeso que terá de viver no Egipto.
Documento impresso de https://escriva.org/pt-pt/es-cristo-que-pasa/41/ (28/03/2024)