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Aproxima-se da figueira: aproxima-se de ti e aproxima-se de mim. Jesus tem fome e sede de almas. Do alto da cruz clamou: sítio!, tenho sede. Sede de nós, do nosso amor, das nossas almas e de todas as almas que lhe devemos levar pelo caminho da Cruz, que é o caminho da imortalidade e da glória do Céu.

Abeirou-se da figueira, mas não encontrou senão folhas . É lamentável. Não acontecerá assim também na nossa vida? Não haverá nela, infelizmente, falta de fé e de vibração de humildade, ausência de sacrifícios e de obras? Não será que apresentamos um cristianismo só de fachada e sem frutos? É terrível, porque Jesus ordena: Nunca mais nasça fruto de ti. E, imediatamente, secou a figueira. Entristece-nos esta passagem da Sagrada Escritura, ao mesmo tempo que, por outro lado, nos anima a avivar a fé, a viver conformes à fé, para que Cristo receba sempre algum lucro da nossa parte.

Não nos enganemos. Nosso Senhor não depende nunca das nossas construções humanas. Os projectos mais ambiciosos são, para Ele, brincadeiras de crianças. Ele quer almas, quer amor. Quer que todos venham gozar do seu Reino, por toda a eternidade. Temos de trabalhar muito na terra e temos de trabalhar bem, porque essa ocupação corrente é a que devemos santificar. Mas nunca nos esqueçamos de a realizar por Deus. Se trabalhássemos por nós mesmos, isto é, por orgulho, só conseguiríamos produzir folhas e nem Deus nem os homens poderiam saborear, numa árvore tão frondosa, a doçura dos frutos.

Referências da Sagrada Escritura
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