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Numa palavra: pede-se ao sacerdote que aprenda a não estorvar em si a presença de Cristo nele, especialmente no momento em que realiza o Sacrifício do Corpo e Sangue e quando, em nome de Deus, na Confissão sacramental auricular e secreta, perdoa os pecados. A administração destes dois Sacramentos é tão capital na missão do sacerdote, que tudo o mais deve girar à sua volta. As outras tarefas sacerdotais - a pregação e a instrução na fé - careceriam de base, se não estivessem dirigidas a ensinar a ter intimidade com Cristo, a encontrar-se com Ele no tribunal amoroso da Penitência e na renovação incruenta do Sacrifício do Calvário, na Santa Missa.

Deixai que me detenha ainda um pouco na consideração do Santo Sacrifício: porque, se para nós é o centro e a raiz da vida cristã, deve sê-lo, de modo especial, na vida do sacerdote. Um sacerdote que, culpavelmente, não celebrasse diariamente o Santo Sacrifício do Altar, demonstraria pouco amor de Deus; seria como lançar em cara a Cristo que não compartilha da ânsia de Redenção, que não compreende a sua impaciência em se entregar, inerme, como alimento da alma.

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