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O sacerdócio dos presbíteros, que pressupõe os sacramentos da iniciação cristã, confere-se mediante um Sacramento particular, pelo qual os presbíteros, pela unção do Espírito Santo, são selados com um carácter especial e se configuram com Cristo Sacerdote de tal modo que podem actuar na pessoa de Cristo cabeça. A Igreja é assim, não por capricho dos homens, mas por expressa vontade de Jesus Cristo, seu Fundador. O sacrifício e o sacerdócio estão tão unidos, por determinação de Deus, que em toda a Lei, na Antiga e na Nova Aliança, existiram os dois. Tendo, pois, recebido a Igreja Católica no Novo Testamento, por instituição do Senhor, o sacrifício visível da Eucaristia, deve-se também confessar que há n'Ele um novo sacerdócio, visível e externo, no qual se transformou o antigo.

Nos que são ordenados este sacerdócio ministerial soma-se ao sacerdócio comum de todos os fiéis. Portanto, seria um erro defender que um sacerdote é mais cristão do que qualquer outro fiel, mas pode afirmar-se que é mais sacerdote: pertence, como todos os cristãos, ao povo sacerdotal redimido por Cristo e, além disso, está marcado com o carácter do sacerdócio ministerial, que se diferencia essencialmente, e não apenas em grau, do sacerdócio comum dos fiéis.

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